- Simey, me passa o leite moça?
Quase respondi: "não serve o condensado mesmo?". O fato que as coisas em geral estão trocando de nomes, e geralmente por marcas, é "a obra pelo autor" ou no nosso caso o produto pela marca.
Vamos reparar, além do leite condensado ter virado leite moça o que mas temos de exemplo: fermento em pó virou Royal, palha de aço virou Bom Bril, achocolatado virou Nescau, para os pobres que não conseguem comprar peru de natal compram o famoso Chester, lentes foto-cromáticas agora são Transitions, e por ai vai.
Só não descobri o motivo ainda, talvez pelo fato de ser mais bonito, mais chique talvez, ou a marca é símbolo de riqueza e falar o próprio nome é coisa de pobre, ou mesmo a usualidade. Mas o interessante da língua portuguesa é exatamente isso, essa usualidade, que da margem não apenas para esse tipo de "troca", como também para a "evolução" da língua.
Além de dar margem, também, para as nossas piadinhas de sempre que as vezes se tornam sem graça e repetitivas, como a tradicional:
- Eu fiz pavê!
- Mas é pavê ou pacomê?