14 de dez. de 2010

O tempo, na verdade, parou.

O ser humano tem a ingênua audácia de achar que ele esta certo, que sua forma de pensar é a certa, sua cultura é a certa, sua religião é a certa. Só porque domina o mundo não quer dizer que o que pensa é lei, é pura pretensão achar que é o correto.Começando pelo fato de que o conceito de certo e errado é muito relativo, depende de como uma pessoa foi criada, em que cultura, com quais princípios, etc. Não significa que se foi criado na cultura X e está acostumado com ela que a Y seja errada, nem ao menos pior ou melhor.


Quando vemos em uma cultura de fora algo que, para nós, é uma atrocidade, logo ficamos horrorizados, mas não percebemos que as vezes na nossa própria cultura vemos e fazemos atrocidades piores, estamos tão acostumados a achar que é assim que não olhamos em volta e pensamos.É mecânico também, olharmos para o povo do passado e sua cultura e acusar-los, mas se parar para comparar, nós somos eles! Sim, tenho que concordar com Cazuza quando ele diz "... vejo o futuro repetir o passado(...) um museu de grandes novidades...".

A forma de pensar do ser humano não mudou, evoluiu, mas não mudou, muito menos sua atitude, "...ainda somos os mesmos (...) e as aparências não enganam não..." Belchior percebeu. Somente achamos novas desculpas, novos artifícios para os mesmos atos, as vezes desfarçados, as vezes não, mas o fato é que nada, nunca mudou, nem ao menos o motivo!


ps: para quem gosta de ler indico um texto de Horace Miner, "Ritos Corporais Entre os Sonacirema"

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