25 de jul. de 2011

Casa de Deus ou Clube dos homens?

Nos últimos tempos tem se fortalecido de forma intensa e clara uma tendência nas igrejas evangélicas, nas mais variadas denominações e por conta dos mais diversos departamentos, as igrejas tem se transformado em verdadeiros clubes de entretenimento e seus membros e frequentadores em clientes. Os cultos são preparados para agradar as pessoas e fazer com que as mesmas permaneçam fies como clientes de seus estabelecimentos. Sem nenhum pudor esses fieis, ou fieis clientes, talvez clientes fieis, se não gostarem de qualquer detalhe procuram os pastores, ou os presidentes desses clubes, para queixar-se e deixar claro que não gostaram do culto ou do espetáculo. 

Parece que tudo que é criado nesses lugares que, mesmo sem saber por que, ainda são chamados de igrejas, fazem parte de um espetáculo, que precisam ser reinventados a cada domingo, a cada semana,  e se não for assim, os clientes provavelmente não voltarão, com as mais variadas desculpas, como dizer que caiu na rotina, não tem nada de novo, não tem uma motivação nova, esquecendo do principal  motivo pelo qual estão, ou deveriam estar, ali.

É compreensível o quanto é preciso inovar para manter agradável a estada de qualquer pessoa ali, se há novos recursos tecnológicos é claro que se pode usa-los, pode e deve, pois por mais que "separados" vivemos em um mundo que está crescendo e temos de crescer com ele, todavia criar reuniões para agradar as pessoas que vão a elas, escolher as musicas que serão cantadas no culto com a finalidade de impressionar pessoas independente do conteúdo das mesmas ou se fazem algum sentido no contexto para o qual é sua real finalidade, sermões que massageiam a consciência de pessoas ao invés de dizer a verdade bíblica só para não perder seus dízimos e ofertas, comprar pessoas com cargos de chefia para conseguir apoio político em assembleias e reuniões, e convidar filhos de oficias da igreja para tomar parte em importantes ministérios afim de conseguir regalias e vistas grossas aos próprios erros é certamente o final dos tempos, o "apocalipse" dentro da igreja. 

É bom questionar o que Deus pensa sobre esse comportamento. O Apostolo Paulo em sua carta a igreja de Roma disse: “Porque dEle por Ele e para Ele são todas as coisas”Rm 11,36. Quem deveria ser o motivo de tudo e alvo das preocupações de agrado parece estar esquecida pelas igrejas evangélicas, não só Ele, mas toda a santa trindade, principalmente quando é preciso convidar a terceira pessoa da mesma para guiar as pessoas na adoração a Deus, hoje são chamados de culto reuniões que nada cultuam ao Senhor, são organizadas para satisfazer os egos dos seus organizadores e manter seus clientes fieis e fieis os clientes que delas participam!

Parar de agradar os homens e passar a agradar a Deus pode ser um bom início para uma mudança de consciência e atitude em direção a retomada de postura na adoração e busca da face de Deus,, o primeiro motivo pelo qual as pessoas deveriam procurar a igreja, e depois para conseguir mostrar as mesmas como é verdadeiramente bom a vida com o Verdadeiro Deus, e não o que a maioria das igrejas tem mostrado erroneamente, se tornou comércio, competição, uma tentativa de dividir forças e brigar por fieis clientes, e não  mais há uma ideia de união de forças para salvar seres humanos.

Vamos parar para analisar nossas próprias vidas e pensar se de fato conhecemos a Deus, se o nosso real motivo de ir na igreja é Deus, e perguntar qual o propósito que temos nisso. A imagem que se tem hoje faz a qualquer pessoa que lembre e ainda veja o real propósito de uma igreja a perguntar: a igreja hoje ainda é a casa de Deus ou se tornou um clube dos homens?

23 de jul. de 2011

A chamada liberdade.

Estava eu em um dos meus devaneios de pensamentos, aqueles momentos que em viaja sem perceber que esta viajando e pensando em tudo ao mesmo tempo, quando de repente, quase que por um estalo, percebi quantas coisas existem que são contraditórias, percebi que o mundo é lugar contraditório, existe uma coisa que é dita como regra, mas ao mesmo tempo existe outra coisa completamente oposta a primeira e que chega, as vezes, a anular a primeira que também é tida como regra. Vou dar um exemplo para melhor compreensão.

Existe o chamado direito da liberdade de expressão, a ideia é que você pode dizer tudo que pensa sem haver nenhum problema com isso, sem ninguém poder lhe dizer que você não pode falar pois esta dentro de seu direito, mas na verdade todos sabemos que não é bem assim. Um exemplo prático hoje é duas pessoas em confronto de opiniões, uma diz que é a favor do homossexualismo e a outra que é contra, se a pessoa que é a favor expor sua opinião as pessoas, partilhando da mesma opinião ou não, dirão: "problema dela, ela esta em seu direito de liberdade de expressão."

Agora, se a pessoa que é contra expor sua opinião será que as pessoas reagirão da mesma forma? Somente quem vive em um mundo paralelo irá responder que sim, raras são as pessoas que pensaram do mesmo jeito, a maioria dirá: "você não pode falar isso, você pode ser processado por homofobia." Então é assim, a pessoa pode falar tudo o que ela quiser desde que não incomode as outras pessoas e ao mesmo tempo seu pensamento deve ser aceito pelas mesmas, vamos pensar bem, isso é uma liberdade condicional, o que ocorre com diversos assuntos e situações de nosso dia-a-dia.

O que é liberdade condicional? Seria uma forma de fazer você pensar que é livre para fazer tudo o que deseja sem que realmente seja, uma maneira de manipulação, uma maneira de fazer você pensar o que eles querem você pense, mas te fazendo acreditar que é você quem escolheu pensar isso, não teve nenhuma pressão da sociedade em cima dessa escolha. E quem tem um grande papel nessa formação de escravos da moral? Exatamente pequeno gafanhoto, a mídia, ela mesma que te passa a informação já pronta, já manipulada e sem nem um pingo de imparcialidade, como se tivesse saído do forno, selecionada, adicionado o ingrediente certo, manipulado e quentinho com uma pitada de sensacionalismo. 

É assim que funciona, ao mesmo tempo que te dão a impressão de inclusão na sociedade com o acesso a informação de todas as direções e de todas formas, estão na verdade formando mais uma forma de manipulação, pois o que adianta a informação sem a educação, sem aprender o tão prezado pensamento critico, a chave que liberta, ao menos, o pensamento, de forma que você não precise ouvir um pensamento para poder pensa-lo. Ouvi certa vez, não lembro onde, uma pergunta que de certa forma já foi respondida aqui, mas foi a qual me fez pensar melhor no assunto, que é de fato um assunto preocupante, mas só para um povo que esta preocupado em crescer, termino o texto com ela de forma a deixar espaço a reflexão. "Em um mundo onde todos tem acesso a informação, onde surge os formadores de opinião?"

19 de jul. de 2011

Brasil, justiça ou morte!

Muitas pessoas primitivas ainda pensam que a justiça deve ser feita como nos tempos antigos, ou seja, na velha lei da natureza: “olho por olho, dente por dente”, ou como diz o ditado: “quem com ferro feri, com ferro será ferido”, porém não se deve ser radical nestes termos, tudo tem de ser feito na mais perfeita calma.

No Brasil temos uma justiça que, na teoria, é cega, surda e ainda tem uma balança para verificar seus pesos e medidas, entretanto, na pratica não é bem assim, nossa justiça favorece os ricos e os de boa posição social, e com essa história as cadeias estão cheias de pessoas inocente, e as ruas de criminosos.

Em muitos países pelo mundo à fora, se encontra um sistema onde quem mata, morre. Levando em consideração o parágrafo anterior, imagine então, se esse sistema fosse implantado no Brasil, quanta gente inocente iria morrer por causa de nossa justiça “injustiçada”.

Vamos refletir um pouco, aqui o que necessita mudar não é o sistema da justiça, mas sim a cabeça de quem lidera essa justiça de forma que essas pessoas realmente se preocupem com a justiça em si.

Vivo na esperança de um dia os lideres desta nação se conscientizem e se preocupem com a situação do nosso país, ou melhor, do país deles, da nação deles, talvez assim o Brasil um dia possa gozar de sua justiça.

Atualidade e Utopia

Segundo o dicionário felicidade é definido assim: estado de quem é feliz, bem estar, contentamento. Mas afinal qual é o estado de uma pessoa feliz? O que faz uma pessoa feliz? O que leva uma pessoa a buscar a felicidade? O que pode trazer a real felicidade? Porque o conceito de felicidade não pode ser expresso por meras palavras.

Sócrates, filosofo grego do séc. IV a.C., acreditava que a felicidade não pode ser encontrada em coisas matérias, mas sim na busca pela sabedoria, pela verdade.enquanto nos dias de hoje essa busca foi esquecida dando lugar a busca pelo status, prazer e dinheiro.

Se perguntarmos pela rua o que é a felicidade, provavelmente um cidadão romântico que a felicidade é estar com a mulher que ama apenas eles dois, um cidadão que pensa no futuro diria que esta em uma conta bancaria gorda.A conclusão que se chega, ternária e humilde, é que a felicidade quase sempre esta onde não estamos, a felicidade nunca esta onde se costuma procurá-la.

Sócrates era contra tudo isso, ensinava que o bem pensar era o bem estar, logo a felicidade se acharia na sabedoria, na verdade, e não no consumismo, no materialismo e nos prazeres. Não só Sócrates pensava assim, outros nomes também: Cícero dizia que a vida feliz consiste na tranqüilidade da mente, Juvenal dizia que a sabedoria é o segredo da felicidade.

“Em todos os casos o homem sábio é bem mais sucedido que o ignorante, a sabedoria é vista como condicionamento necessário e suficiente para a felicidade.” (Sócrates)

Com o conceito de felicidade de hoje os homens se tornam cada dia mais infelizes, porem sentem a necessidade de parecer feliz, diante disso Samuel Beckett criou seu teatro do absurdo:

Vladimir – Diga que você é mesmo que não seja de verdade!
Estragon – O que é que tenho que dizer?
Vladimir – Diga: eu sou feliz.
Estragon – Eu sou feliz.
Vladimir – Eu também.
Estragon – Eu também.
Vladimir – Nós somos felizes.
Estragon – Nós somos felizes. (silêncio) E o que fazemos agora, agora que somos felizes?
Vladimir – Esperamos godot.

Cabe a cada individuo descobrir o que o torna realmente feliz, sem se tornar escravo de um sistema, sem se deixar levar pela opinião dos outros, e nem perder o foco do melhor da vida, porque o melhor da vida é ser feliz, independentemente de como, onde, com quem se viva, se achar a felicidade terá a melhor vida que alguém pode ter.


*Este texto foi produzido no colégio para uma aula de filosofia, AUTORAS: Simey Lopes e Luciana Pimentel

Vizinhança

 - Oi vizinha, bom dia.
 - Bom dia, vizinha, você não tinha posto seu filho de castigo?
 - Sim, por que?
 - Porque eu vi que um menino entrar na sua casa ontem tarde da noite e saiu de manhã bem cedo!
 - O que? Você viu mesmo isso ?
 - Vi sim, o nome dele é Raimundo.
 - Obrigada por avisar.
 - Que nada, só quero o seu bem.

Então a mulher entra em casa gritando com o filho e brigando:
 - Quem estava aqui ontem?
 - O que mãe?
 - Não se faça de idiota, quem estava aqui ontem?
 - Ninguém mãe!
 - Não minta para mim, a vizinha me disse que viu um menino entrar aqui tarde da noite e sair de manhã bem cedo!
 - Mãe, eu estou de dizendo: não tinha ninguém aqui.
 - Que que eu te coloque cara a cara com a vizinha então?

A mulher puxa o garoto pelo braço e leva até a vizinha para tirar a história a limpo:
 - Vizinha, diz pra ele o que você me disse.
A vizinha olha surpresa:
 - Eu vi um menino entrar e sair da sua casa.
O menino então pergunta petulante:
 - Que horas foi isso?
 - Ele entrou tarde da noite, umas uma da manhã!
 - Mãe, essa hora o meu pai me trouxe até o portão de casa e foi embora, ele me deixou vir sozinho.
A vizinha interrompe:
 - Mas eu ouvi vozes passando pelo corredor!
 - Eu conversando com ele, fui levar água que ele estava com sede.
Então a vizinha começa a se exaltar:
 - Mas eu vi alguém sair da sua casa de manhã!
 - Ninguém saiu da minha casa de manhã!
A mãe interfere:
 - Vai mentir agora? Ela tá dizendo que viu.
O garoto pergunta para a vizinha:
 - Como ele era então?
A vizinha se enrola com a fala:
 - Eu não vi, eu ouvi o portão batendo.
 - Então como você pode ter certeza de que era o nosso portão? - O garoto pergunta paciente.
 - Porque eu ouvi uma voz chamando por um tal Raimundo e ouvi ele responder em frente o seu portão.
 - Mãe, o vizinho do outro lado não se chama Raimundo?
 - Sim. - A mulher responde confusa.
 - Então o que nossa ouviu foi o meu pai me trazer em casa e o nosso vizinho sair cedo, volto a repetir: não tinha ninguém em casa.

6 de jul. de 2011

Divã das princesas - Ariel

 Oi doutor, como vai?

Não me reconhece? Sou Ariel, mas conhecida como pequena sereia, poucos lembram meu nome.

Bom, estou aqui porque disseram que seria bom eu procurar um psicologo e as outras princesas me indicaram você.

As outras que vieram aqui, a Bela, a Chapel e a Branca.

Bem, dizem que o meu problema é com quem escreve meu conto, sempre mudam o final, não se decidem.

Como assim? Primeiro me fazem morrer no mar enfeitiçada, depois não querem que eu morra e me fazem virar espuma branca do mar, nada contra a Branca de Neve mas isso não é legal.

Então, quando eu estava começando a me acostumar com o fato de ser espuma, era até divertido ir para lá e para cá no mar, me fazem ficar viva e casar meu lindo príncipe, poxa cansei qual vai ser a próxima? Vou virar purpurina? Não deixa essa para Peter Pan.

Sim desse final eu até gostei, mas quem dera que terminasse no felizes para sempre, o problema é o depois, esse lindo príncipe, que só é lindo, só quer saber de me ouvir cantar, todas as noites eu fico rouca e ele com dor de cabeça, o que não sei é verdade ou desculpa.

Claro que gosto de cantar mas não o temo todo, tudo bem que foi pelo que ele se apaixonou mas não precisa ser o tempo todo, existem outras coisas para fazer.

Mão é só isso, é tudo mais isso, mas sim é só isso.

Bom doutor é uma boa solução, então até mais ver, tchau.