Nos últimos tempos tem se fortalecido de forma intensa e clara uma tendência nas igrejas evangélicas, nas mais variadas denominações e por conta dos mais diversos departamentos, as igrejas tem se transformado em verdadeiros clubes de entretenimento e seus membros e frequentadores em clientes. Os cultos são preparados para agradar as pessoas e fazer com que as mesmas permaneçam fies como clientes de seus estabelecimentos. Sem nenhum pudor esses fieis, ou fieis clientes, talvez clientes fieis, se não gostarem de qualquer detalhe procuram os pastores, ou os presidentes desses clubes, para queixar-se e deixar claro que não gostaram do culto ou do espetáculo.
Parece que tudo que é criado nesses lugares que, mesmo sem saber por que, ainda são chamados de igrejas, fazem parte de um espetáculo, que precisam ser reinventados a cada domingo, a cada semana, e se não for assim, os clientes provavelmente não voltarão, com as mais variadas desculpas, como dizer que caiu na rotina, não tem nada de novo, não tem uma motivação nova, esquecendo do principal motivo pelo qual estão, ou deveriam estar, ali.
É compreensível o quanto é preciso inovar para manter agradável a estada de qualquer pessoa ali, se há novos recursos tecnológicos é claro que se pode usa-los, pode e deve, pois por mais que "separados" vivemos em um mundo que está crescendo e temos de crescer com ele, todavia criar reuniões para agradar as pessoas que vão a elas, escolher as musicas que serão cantadas no culto com a finalidade de impressionar pessoas independente do conteúdo das mesmas ou se fazem algum sentido no contexto para o qual é sua real finalidade, sermões que massageiam a consciência de pessoas ao invés de dizer a verdade bíblica só para não perder seus dízimos e ofertas, comprar pessoas com cargos de chefia para conseguir apoio político em assembleias e reuniões, e convidar filhos de oficias da igreja para tomar parte em importantes ministérios afim de conseguir regalias e vistas grossas aos próprios erros é certamente o final dos tempos, o "apocalipse" dentro da igreja.
É bom questionar o que Deus pensa sobre esse comportamento. O Apostolo Paulo em sua carta a igreja de Roma disse: “Porque dEle por Ele e para Ele são todas as coisas”Rm 11,36. Quem deveria ser o motivo de tudo e alvo das preocupações de agrado parece estar esquecida pelas igrejas evangélicas, não só Ele, mas toda a santa trindade, principalmente quando é preciso convidar a terceira pessoa da mesma para guiar as pessoas na adoração a Deus, hoje são chamados de culto reuniões que nada cultuam ao Senhor, são organizadas para satisfazer os egos dos seus organizadores e manter seus clientes fieis e fieis os clientes que delas participam!
Parar de agradar os homens e passar a agradar a Deus pode ser um bom início para uma mudança de consciência e atitude em direção a retomada de postura na adoração e busca da face de Deus,, o primeiro motivo pelo qual as pessoas deveriam procurar a igreja, e depois para conseguir mostrar as mesmas como é verdadeiramente bom a vida com o Verdadeiro Deus, e não o que a maioria das igrejas tem mostrado erroneamente, se tornou comércio, competição, uma tentativa de dividir forças e brigar por fieis clientes, e não mais há uma ideia de união de forças para salvar seres humanos.
Vamos parar para analisar nossas próprias vidas e pensar se de fato conhecemos a Deus, se o nosso real motivo de ir na igreja é Deus, e perguntar qual o propósito que temos nisso. A imagem que se tem hoje faz a qualquer pessoa que lembre e ainda veja o real propósito de uma igreja a perguntar: a igreja hoje ainda é a casa de Deus ou se tornou um clube dos homens?