25 de mai. de 2011

Vida de escola.

Ultimamente tenho lido muitos textos falando sobre bullying, em todos os lugares que passo tem algo referente ao tema, "bulling é crime!" e coisas parecidas. A realidade é: toda criança, adolescente e jovem, que esta ou passou pelo colégio já sofreu ou sofrerá algum tipo de bullying na vida, é a coisa mais normal que existe, encarnação por características físicas, encarnação pelo intelectual, intimidação pelo fato de andar em qual panelinha.

Levando em consideração que é na escola que, não somente aprende as informações e conceitos do lado intelectual das coisas, mas é lá que a criança aprende a viver em sociedade, é lá que a criança descobre sua personalidade e aprende a conviver. Esse tipo de encarnação é normal e necessário, pois das duas, uma: ou a pessoa vai aprender a se defender e impor respeito, o que é necessário para a vida, ou a pessoa vai aprender a aceitar e conviver com aquilo.

Por que na escola passa a ser crime uma coisa que se encontra no dia-a-dia de um cidadão em maior escala: preconceito, exclusão, entre outros. não estou defendo essas atitudes, estou dizendo que se isso existe para os adultos, as crianças tendem a imitar, e chega a ser uma preparação e uma formação de caracter. O problema do bullying é quando começa a passar dos "limites" (se é que existe), quando a encarnação começa a virar (bullying no conceito certo) agressão, ou abuso, mas a parti daí sempre depende do conceito de "limite" de cada individuo.

Uma é certa, o ser humano não sabe viver em sociedade, nunca soubesse, por isso criou-se as leis, tanto escritas quanto não escritas, de comportamento e aceitação, mas é difícil agradar a todos, sempre terá aquela pessoa que achará isso ou aquilo injusto. Se o ser humano soubesse viver em sociedade não saberíamos o conceito do vocábulo: guerra.

10 de mai. de 2011

Crescendo na vida

A infância tudo de bom traz
Os sonhos são os que criam raízes
De tudo se espera o melhor, inocência
Em tudo se acredita incondicionalmente
As preocupações são apenas escolher entre
Brinquedos, parquinho e o braço da mãe

Crescer e descobrir a verdade, dói
Nem em tudo se pode confiar
Nem em todos se pode acreditar
Descobrir escolhas que não se fazem
Descobrir que sonhos necessitam de planos

Desiludir e chora
Bater na parede e voltar a bater
Descobrir que esta sozinho na luta
Lutando contra todas as torrentes
que reservam sua força máxima para uma queda
A sua queda

Crescer mais um pouco e acreditar
Acreditar que se pode vencer
Que o tempo é seu aliado junto com os planos
O caminho a se traçar, as escolhas
As falhas e suas soluções
A incerteza da vitória

5 de mai. de 2011

Índios VS Indígenas, noção de cultura.

Uma das minhas professoras comentou em sala de aula (invadida por mim) sobre uma palestra que um indígena deu aos professores e as diversas reações dos mesmo. Uma das quais me deixou pensativa: ela contou que uma das professoras que se encontravam na palestra falou que era engraçado o fato de o indígena não ter "sotaque de índio" e não parecer com um.

Então me pus a pensar: o que seria "sotaque de índio"? Acredito que seja o que se vê em filmes e desenhos, a idéia de índio que a mídia passa para agente: "mim Tarzam, você Jane." Logo, deve-se pensar que o parecer com um índio é vestir somente uma tanga e sair gritando e batendo no peito pelas árvores... ? Se você pensa assim permita-me dizer que no mínimo você vive em 1500.

Vamos começar diferenciando índio (conceito da mídia) de indígena (descendentes do mesmo). Como falei no parágrafo anterior índio é aquele ser "sem civilização" que os portugueses acharam aqui quando chegaram. Aquele ser que foi oprimido, roubado, humilhado, tirado de sua cultura, forçado a trabalhos braçais, forçado a deixar sua vida de retirar da natureza somente o necessário para sua sobrevivência. 

O indígena é o filho do índio que aqui morava, que mora se mistura à 'civilização" convive com os "brancos"' dia-a-dia e nem se quer reparamos a sua presença. No Rio de Janeiro existe em torno de 30 mil indígenas, morando, trabalhando, convivendo, tendo sua rotina. Interessante uma das respostas que  foi comentada: "então os indígenas estou invadindo a cidade?", gostei da resposta: "desculpa, mas quem foi que invadiu o que mesmo?".

De fato, somos preconceituosos, achamos que sabemos de tudo, somos presunçosos. Ouvi de um amigo que um indígena que ele conhece disse que tem vergonha de se identificar indígena, sim, chegamos a tal ponto, vergonha de sua cultura. 

Acredito que o que faz a cultura brasileira é justamente a mistura de diversas culturas, a tal da miscigenação, por isso mesmo, seja qual for a origem de uma pessoa, sua cultura ou verdades, deve ser respeitada e considerada. Não se deve julgar alguém pelo simples fato de ser diferente, ou de ser igual "devendo" ser diferente, isso não faz sentido. E primeiramente, deve-se descobrir o que é verdade e o que é alegoria. Pensar.

2 de mai. de 2011

Coisas que eu sei

Eu quero ficar perto

De tudo o que acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração

Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio mostra o tempo errado
Aperte o play

Eu gosto do meu quarto 
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo ta fechado pra visitação

Coisas que eu sei
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa
É minha Lei

Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro do que eu desenhei

Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar
Eu já comprei

Às vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando eu tô afim

Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes eu somente não sabia
Agora eu sei

Danni Carlos