3 de mai. de 2013

Quando encontram o seu eu.

Acontece assim: quando resolve se abrir, destruir os muros construídos ao longo de um tempo para sua defesa e deixa a pessoa entrar e ver como você é, quem você é, a pessoa te magoa, você sofre tudo de novo e passa por todo o processo de construção de muro novamente. Mas acontece que você é idiota, e deixa isso acontecer sempre que conhece alguém e acha, por algum momento de problema mental que você esta passando na hora, que pode confiar na pessoa. 

Lidar com pessoas é difícil para mim, lidar com pessoas normais é mais difícil ainda. Ninguém pensa em perguntar o porquê uma pessoa faz determinada coisa, toma determinada atitude ou pensa de determinado jeito, para que perguntar, se pode tirar conclusões com somente o que se vê, sem levar em consideração todo um contexto, que em cada caso é um diferente? Muito trabalho, é mais fácil julgar. 

O problema virá de fato um problema quando se leva em conta relacionamentos, as pessoas querem que você derrube seu muro, suas defesas, mas não querem parar para entender o que encontram quando você faz isso. A sociedade quer tornar diferente o que ela mesma criou, porém sem dedicar o tempo e a atenção necessária à cria.

7 de abr. de 2013

Saudade

Aquele momento em que todo o seu passado volta a sua cabeça como uma história qualquer contada em alguns segundos. Não, não estou prestes a morrer, é apenas um momento de saudades. Sentir saudade de tudo o que já aconteceu, as coisas boas principalmente, mas também algumas coisas que se considerava ruim, porém descobriu depois que era boa. 

Saudade de ser pequena e dormir no sofá depois acordar na cama, de brincar descalça na rua, de tirar boas notas sem ter que ao menos pegar no caderno, de crescer aos poucos. Saudade da primeira paixão, do primeiro beijo escondido, do primeiro namoradinho de infância, do próximo e do seguinte, dos sentimentos que traziam, onde cada um era diferente do outro, sensações e aprendizados novos. 

Interessante é observar que cada pessoa que passa deixa uma coisa dela, um trejeito, uma frase, uma mania, e sempre o que fica é a melhor lembrança. Saudade de cada uma, de cada diferença, de cada toque, cada olhar, cada sensação, saudade do que de bom ficou, do que foi aprendido e ensinado, da troca de ideias e opiniões. 

Saudade, contudo, do hoje. Do que me espera a cada dia, no dia seguinte, de não saber o que se esperar do daqui a pouco. Da pessoa que esta longe e é muito desejada, do abraço, do carinho. Saudade também do futuro, do que ainda não foi, e ainda nem ao menos chegou, pois desse sim, tão esperado por vir, a saudade é tudo o que posso sentir.

21 de jan. de 2013

Um minuto

Em um minuto tudo parece desabar, tudo vira de cabeça para baixo, como se houvesse algo deturpando a visão e de repente caísse e começasse a ver tudo da forma que realmente é, ver o que acredita cair por terra, ver a esperança morrer, a frustração chegar, a vontade de morrer tomar conta.

Morrer. Talvez uma opção razoável, uma solução para todos os tipos de problemas, uma solução rápida e fácil. Não, fácil não. Morrer requer coragem, uma coragem absurda, tão grande a ponto de não querer procurar soluções mais fáceis, tão pequena que não permite a força de encarar a vida.

Contudo, encarar a vida é assustador, encarar sonhos despedaçados, suportar um amor mentiroso, se lançar em uma luta eterna onde no fim... bem, o fim será sempre o mesmo: a fria e incontestável solidão da morte. São dois caminhos para um mesmo fim.