
Começou a sentir cada parte de seu corpo, as pernas embrulhadas no lençol, os braços jogados ao redor da cabeça, e nas costas um único ponto macio que exercia uma leve pressão contra ela. Uma mão estava ali, olhou para o lado e viu: o corpo que ela conhecia toda a geografia, cada detalhe, pinta e movimento, jazia ao seu lado em um sono profundo que só o cansaço podia proporcionar. Neste momento se lembrou da note anterior.
Uma confusão de braços e pernas em movimentos constantes, a leve pressão de uma pele encostada na outra, o respirar arfado e cheio de desejo. A troca de gemidos e beijos. Enfim na janela o clarear calmo de mais um nascer do sol. Sorrindo para as imagens em sua cabeça, ela se virou, abraçou aquele ser único, sentindo sua pele e sua respiração suave. Fechou os olhos e se deixou dormir novamente.