21 de jan. de 2013

Um minuto

Em um minuto tudo parece desabar, tudo vira de cabeça para baixo, como se houvesse algo deturpando a visão e de repente caísse e começasse a ver tudo da forma que realmente é, ver o que acredita cair por terra, ver a esperança morrer, a frustração chegar, a vontade de morrer tomar conta.

Morrer. Talvez uma opção razoável, uma solução para todos os tipos de problemas, uma solução rápida e fácil. Não, fácil não. Morrer requer coragem, uma coragem absurda, tão grande a ponto de não querer procurar soluções mais fáceis, tão pequena que não permite a força de encarar a vida.

Contudo, encarar a vida é assustador, encarar sonhos despedaçados, suportar um amor mentiroso, se lançar em uma luta eterna onde no fim... bem, o fim será sempre o mesmo: a fria e incontestável solidão da morte. São dois caminhos para um mesmo fim.